terça-feira, 15 de junho de 2010

Dica de Trailler: Rio

Olá meus amigos e amigas.
A dica é o desenho animado Rio, que será lançado em 2011. Ele é dirigido por um brasileiro muito criativo chamado Carlos Saldanha, que também foi um dos criadores e diretor de A Era do Gelo. Para vocês verem o potencial do nosso povo...
O trailler está neste link:
http://cinema.uol.com.br/ultnot/multi/2010/06/11/0402183068C89913A6.jhtm?trailer-do-filme-rio-0402183068C89913A6

domingo, 13 de junho de 2010

Sugestão de Filme: Onde Vivem os Monstros...

Olá!!

Assisti a esse filme no final de semana e recomendo para todas as crianças, adolescentes e adultos. É incrível o trabalho feito pelo diretor Spike Jonze de um livro homônimo escrito por Maurice Sendak.

Nele, Max é um garoto confuso. Do alto de seus nove anos de idade, não consegue lidar muito bem com a sua própria raiva. Depois de ficar bravo com a mãe que leva um namorado para casa, ele veste a fantasia de lobo com a qual costuma perseguir o cachorro da família e arranja uma confusão: chega a morder a mãe e foge de casa logo em seguida. No meio do mato, encontra um barco e sai para navegar, chegando a uma ilha estranha, cheia de monstros assustadores.

Onde estão os monstros? Será que não estão dentro da gente? Pense!

Abraços,

Marcio.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Lei Maria da Penha

Olá meus amigos e amigas!!


Abaixo transcrevo partes da Lei 11.340, mais conhecida como Lei Maria da Penha. Este nome é uma homenagem feita a uma mulher que sofreu muitas humilhações e duas tentativas de assassinato cometidas por seu marido.

Estes fatos ocorreram em 1983 e apenas em 1996, depois de muitas manifestações de organizações nacionais e internacionais, o agressor foi julgado e condenado a uma pena de 10 anos. Ele acabou solto após cumprir apenas dois anos de pena.


Destaca-se a luta desta farmaceutica por justiça, o que a tornou um símbolo na luta pela criação de uma Lei que puna os homens que cometem as mais diversas violências contra as mulheres.


Na Lei, é no CAPÍTULO II que se fala das FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER. Perceba que violência não é apenas a física, como muitos acham:

Art. 7o São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:

I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal;

II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;

III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;

IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades;

V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.

Observação: se você quiser ver na íntegra esta importante lei acesse:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm

terça-feira, 8 de junho de 2010

Conselho para escolher carreira.
Escrito por Contardo Calligaris para a Folha de São Paulo.
A ESCOLA pública italiana impunha uma aula semanal de religião (católica, claro). Na terceira série, aprendi que, para me tornar sacerdote, seria imprescindível que eu tivesse "a vocação" (com o artigo definido).
Em princípio, essa condição facilitava as coisas: afinal, ou eu era chamado por Deus ou não era. No entanto, Deus não chama a gente por carta registrada.
Era possível, eu pensava, que ele se manifestasse por sinais misteriosos, que eu não entenderia, ou pior, que eu evitaria entender -talvez porque preferisse perseguir ambições mais mundanas ou porque meus pais não gostassem da ideia de ter um filho padre.
Seja como for, se eu recebesse, mas não escutasse a chamada, não estaria apenas fazendo pouco caso da vontade divina: eu estaria fugindo de meu destino, seria culpado de desperdiçar minha vida.
Na quarta e quinta séries, foi a vez de o Estado se preocupar com nossas vocações. Naquela época, era necessário escolher muito cedo entre o clássico, o científico e os cursos técnicos que levavam diretamente para o trabalho, sem dar acesso para as faculdades.
Tratava-se, portanto, de saber se tínhamos jeito para as humanas ou para as exatas e, em cada caso, qual era o tamanho do nosso jeito. Uma casa caiu, sepultando seus moradores; seu primeiro pensamento é "se Deus existe, por que ele permite tamanho sofrimento?"; pois bem, as humanas são sua vocação.
Restava verificar, com outros testes, se você tinha pano suficiente para ser professor de filosofia ou se era melhor que você se contentasse em ser repetidor no primário.
De fato, a orientação profissional precoce eternizava a divisão social (nunca vi um aluno de classe média-alta ser encaminhado para cursos técnicos). Mas a intenção era nobre: descobrir qual era a semente escondida em cada um de nós.
Detectando o embrião de nossas aptidões e disposições, poderíamos agir de maneira que a vida realizasse plenamente o nosso potencial.
A partir dos anos 60, em grande parte graças à influência da psicologia de Alfred Adler, ficou claro que, na hora de escolher uma carreira, os talentos e as predisposições são tão importantes quanto os sonhos, os devaneios, as paixões e as imagens idealizadas de tal ou tal outra profissão que encontramos, por exemplo, nas ficções que nos marcam.
O medo de não escutar a chamada divina foi substituído pelo medo de não entender direito nosso próprio desejo -pois seríamos competentes, "realizados" e felizes só se nossa profissão for uma extensão de nossas paixões íntimas. Nesse caso, o trabalho seria leve e divertido, como um hobby.
Em suma, a semente que estaria em nós e que deveria vingar se tornou mais complexa. Mas a ideia de que existe uma semente que é preciso descobrir continuou valendo e preocupando pais e filhos.
Uma leitora, Cecília, me escreve sobre as inquietudes da filha, Luana, 16, na hora de escolher uma carreira que esteja "em consonância com a personalidade, o temperamento, o querer" de Luana e também "com o mercado do trabalho".
Uma sugestão para Luana. Entendo que a escolha de um vestibular, de uma faculdade e, em última instância, de uma profissão, pareça um ato definitivo, mas não é nada disso.
Você pode mudar de faculdade e de carreira; pode cursar um ano de direito, escolher passar para ciências sociais, decidir que o que você realmente quer é biologia e, quem sabe, cursar medicina aos 35 anos. Menos óbvio e mais importante é entender que essas mudanças não seriam a prova de fracasso algum.
Se você mudar de faculdade ou carreira, não será porque você se enganou na tentativa de descobrir qual era a semente que você carregava consigo.
Aliás, esqueça a ideia da semente. Ser jovem não é ser semente; é ser, antes de mais nada, uma narrativa aberta. Imagine que você é o começo de uma história: havia uma moça de 16 anos que gostava dos Beatles e dos Rolling Stones e, um belo dia, ela saiu para fazer sua inscrição no vestibular... Continue. E lembre-se de que uma boa história tem reviravoltas e surpresas.
Em poucas palavras, em vez de tentar descobrir a famosa semente, invente sua vida.

Fonte: Folha de São Paulo.