quinta-feira, 27 de maio de 2010

Diferença entre metodologia do IBGE e DIEESE

Encontrei este artigo que explica muito porque existe a diferença entre os resultados das pesquisas feitas pelo IBGE e DIEESE. Para conhecimento geral... Acredito que a metodologia utilizada pelo Dieese é mais abrangente por possibilitar maior compreensão do número aproximado de pessoas desempregadas ou em empregos precarizados no país...
Abrcs, Marcio.
Diferença entre metodologia do IBGE e DIEESE
Data 28/01/2010.
A Fundação Seade e o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) elaboram, todos os meses, a pesquisa de desemprego nas seis regiões metropolitanas do país. Paralelamente, o IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) também faz um levantamento que analisa o desempenho do emprego.

Dados da Seade divulgados nesta quinta-feira (28) apontaram que o desemprego passou de 14,1% para 14,2% entre 2008 e 2009. A PME (Pesquisa Mensal de Emprego) do IBGE mostrou que a taxa subiu para 8,1% no ano passado, após ter ficado em 7,9% em 2008.

A diferença nos números se dá porque as pesquisas usam metodologias diferentes para estimar o total de desempregados no país. No caso da Seade, ela leva em conta as capitais Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e o Distrito Federal. Já no levantamento feito pelo IBGE, os analistas fazem a pesquisa em São Paulo, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
No levantamento feito pelo Dieese, os analistas têm como base 3.000 domicílios, onde eles levantam dados como setor de atividade dos ocupados, tempo de permanência no emprego, tempo gasto na procura de trabalho e valor do rendimento recebido. Estão incluídos tanto os trabalhadores com carteira assinada, como os que trabalham na informalidade.
O Dieese divide o desemprego em três categorias: aberto (quanto as pessoas procuram emprego), oculto por desalento (pessoas que não procuraram trabalho nos últimos 30 dias) e oculto por trabalho precário (que realizam trabalhos precários, como bicos, por exemplo).O IBGE abrange somente as informações referentes ao desemprego aberto. Ou seja, quando os trabalhadores que estão desempregados há mais de 30 dias procuram emprego. Se ele não procura emprego, ou faz bico, ele não entra na conta.
Os analistas do IBGE avaliam a condição de atividade do trabalhador, condição de ocupação, rendimento médio e onde ele trabalha, se é na indústria, serviços ou comércio.De acordo com o economista Alexandre Loloian, coordenador da equipe de análise da PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego) da Fundação Seade/Dieese, "não existe certo e errado" entre os levantamentos. - As duas pesquisas são parecidas. As condições da seguridade social no Brasil são precárias, então não podemos colocar tudo junto [ou seja, deixar de dividir quem trabalha efetivamente, quem faz bico e quem está incluído na população ativa, mas está desanimado para procurar emprego].

Fonte: http://noticias.r7.com/economia/noticias/entenda-a-diferenca-entre-as-duas-pesquisas-de-desemprego-20100128.html

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